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terça-feira, 29 de março de 2011

Não tenho medo da morte, tenho medo da desonra...


É com essa frase que eu me despeço de José Alencar, um grande empresário mas acima de tudo uma grande figura humana.

Ele não era da parte da minha visão partidária, ele fazia parte
de outro segmento, de outras ideias.


Não ponho minha mão no fogo para dizer quer ele era honesto sempre,
ou que a vida dele foi de honestidade, não o conheci de perto e nem seus interesses.

Mas o grande empresário e o ser humano que lutou para viver, com todos
recursos que lhe era disposto, desse sim eu posso falar.

Ele mostrou a face humana de um brasileiro, que em sua maioria, nasce em condições terríveis e tem que comer o pão que o diabo amassou para buscar um lugar ao sol.

José Alencar mostrou que a vida tem o seu valor e que lutar por ela sempre é válido, temer a morte jamais, mas lutar pela vida e por qualquer outra coisa, sempre.

Aos 79 anos José Alencar deixa este mundo para servir, eu acredito, em um plano muito melhor que esse.

Não morreu jovem, 79 anos é uma idade bem vivida.

Ele morre deixando a mensagem para todos, de que viver, apesar do mundo cruel que estamos, ainda vale a pena.

Que agora possa descansar depois de longa batalha, mas que essa mensagem jamais seja esquecida.

domingo, 27 de março de 2011

Me odeia e faz cena


Me odeia, oficialmente. Não, não me odeia realmente. Odeia eu não corresponder seus padrões de homem. Quisera que fosse eu bonito, barbeado, sociável, risonho, requisitado, rico, essas coisas de capa de revista em banca de jornal. Taras, versos, tortas de palmito e risadas são tudo que posso oferecer. E trovões, muitos trovões. Diz que me odeia, ao invés de "oi" ou substituindo seus "adeus", que em questão de dias, quatro no máximo, se revelam genuínos "até mais". Mas nunca diz "até mais", nem nada. Só que me odeia.

Ninguém pode almoçar com todos aqueles trovões no estômago mesmo. Então sobe minhas escadas, vacilante. Sou o último andar, lá no alto e vertiginoso. Sobe com medo, degrau por degrau, agarrada ao corrimão, com presentes comprados pra si mesma, por distração. Já faz cena. Tem certeza absoluta de querer estar ali mesmo, agora, mas toda vez a ladainha: desconfia de que deveria querer outra coisa, outra pessoa. Nas escadas, pensa se não tá confundindo pessoa errada com pessoa inadequada. Sempre fui moço bom, em minha defesa, mas posso ver o que dá pra fazer. Contudo, os futuros que prometo nunca chegam.

A porta deixei entreaberta. Já sabia que viria, pularia o almoço sem arrependimentos. Ninguém come ao meio-dia com trovões molestando a garganta. Eu durmo seminu, enroscado em lençois obscuros, escabelado e vagabundo, minhas identidades pelo chão. Discos, livros, restos de comidas de microondas. Ela entra, mas sem soltar a bolsa, e não diz coisa. Sente o ódio, só porque é de praxe. Mas não arrepende-se ainda. O cheiro do quarto paralisa seus pensamentos. A música do Chico Buarque, à capela, no modo repeat, lá longe, de propósito, só pra incomodar.

Fala com minhas omoplatas enquanto durmo - "Não-Quero-Isso", "Posso-Morrer-Sem-Isso", "Mereço-Coisa-Melhor". E outras rezas. Mas tira as sandálias, veda a saia e senta por sobre os tornozelos. E alisa meus cachos negros e amassados. Me remexo. Abro os olhos devagar. Suas coxas. Já sabia que viria. E ela diz que quase não veio. Medo de doer outra vez. Eu brinco, de voz remelenta, que os objetos cortantes tão super bem guardados.

E daí, de que valeria o arrependimento e a honestidade se morrêssemos amanhã? Quem daria bola para as cenas que ela faz nessa uma hora cheia, se acaso saindo daqui aturdida, um ônibus pode muito bem derrubá-la no asfalto. Todos nós seremos enterrados com todos nossos erros e apegos e nada que se passar por aqui servirá de epitáfio. Ninguém vai saber, ninguém vai lembrar, porque só lembra quem sente, quem sabe.

Faço gemidos de resistência em despertar. Fico impressionado como um tornozelo feminino me faz tão bem. Esses, em especial. Lambo sua perna grossa, meio brincando, a boca ainda morna e sebenta, sem conseguir levantar. Diz que ama meus lábios e tudo que vai grudado neles. E que mesmo eu dormindo até hora dessas, sou quem faz seu sangue circular. A fala mansa. As ideias mirabolantes. As tortas de palmito. O jeito de coçar a cabeça num só dedo, o indicador. Sempre oportunizando todas as chances de errar. Pisando sempre na ponta dos pés. A eletricidade da minha mão na perna. Aquele eterno risco de explosão. O cheiro daquela perna faz parecer que o quarto é dela. O quarto é todo dela.

Faz cena, se ergue e tem uma recaída na cadeira giratória do computador. Brinca no teclado, debocha dos meus versos bonitos. São pra ela, digo. E pra outra qualquer, ela diz, querendo saber coisas sem perguntar. Me espera perder um pouco da segurança e toda a paciência. Já se foram vinte minutos. Vou à ducha. Ela olha meu espelho admirando aquele lado bê do seu caráter, aquele novo traço de personalidade. Sente os trovões no corpo inteiro dividido, porque metade dela sente-se traída e a parte traidora sente-se culpada por isso. E ela sente ódio. A hora passa, eu fico rindo. Ela me odeia e faz cena.

Mas logo perdoa a si mesma. E me perdoa também, sem eu pedir clemência ou coisa alguma. E arruma o penteado, soltando mais fios poéticos de franja. Os olhos melancólicos feito o mar quebrando bonito. Grita do quarto frases com "você e eu", "mim e você" - Você e eu não somos nada. Não existe futuro entre mim e você. Ela faz cena, porque sabe que cabemos muito bem no mesmo andar, na mesma hora, no mesmo quarto, na mesma cama, mas nunca na mesma palavra: nós.
( Gabito Nunes)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Nasce um goleador


Todos nós já sabemos que o Internacional é um time formador de jogadores de extrema qualidade.

Podemos citar Pato, Nilmar, Daniel Carvalho, Giuliano e por aí vai.
Este ano o Inter inventou de vender o goleador da libertadores de 2010 Giuliano.

A pergunta era e agora? Quem fará a função que era dele? qual será a revelação que o Inter colocará em campo este ano?

Pois eis que, não só no jogo de hoje á algum tempo já, vem a resposta para esta pergunta, uma não, duas.

O Inter estreou hoje no returno do gauchão, fazendo seu dever de casa, com 3 gols de Leandro Damião e uma atuação de luxo de Oscar.

Venho observando já á algum tempo, o posicionamento e o aproveitamento de Leandro Damião, antecipação, um cabeceio acima da média, oportunismo.

Me atrevo a dizer que nasce um grande Centroavante do futebol Brasileiro e digo mais, não tem hoje um centroavante no futebol brasileiro que esteja jogando tanto quanto Damião.

Cavenaghi vai ter que suar sangue para apoderar-se desta posição.
Ótimas dores de cabeça terá Celso Roth para escalar o time do Inter.

Afinal isso é Inter.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Copa Do Mundo


Todos nós sabemos que o Brasil é um pais sem nenhuma capacidade de receber um evento como a copa do mundo.

Não sei que cabeça pensante teve a grande ideia de candidatar-se, e não sei que cabeça mais pensante ainda deu ao Brasil o poder de sediar esta bendita copa.

Manobras políticas já estão sendo feitas e serão cada vez mais frequentes durante todo o desenrolar dessa patotada.

O Morumbi já perdeu os jogos da copa por causa de politicagem.

O Inter, simplesmente entrou com um projeto de fazer as reformas no Beira Rio com recursos próprios, qual foi a cabeça de ouro, que lá dentro, chegou a conclusão que daria para fazer com recursos próprios?

Pois sim caros leitores, 250 milhões de reais sairá essa obra segundo fontes.

Com a palavra Vitório Pífero:
"Eu sou engenheiro, eu sei que dá para fazer, se perguntasse ao Luigi sobre a rodoviária ele saberia, mas sobre obras ele não entende.

Com a palavra Giovanni Luigi:
Eu não vou colocar a posição democrática em jogo, por causa da opinião de um vice-presidente.

Outras mentes brilhantes entram na rusga também.

Com a palavra Roberto Siegmann o novo Twitteiro de plantão:
- Foi desrespeito o que o Vitório fez ao Giovanni dizendo que o assunto não envolve rodoviária. Se continuarmos no modelo das obras, perderemos a Copa e venderemos jogadores para comprar material de construção.

Com a palavra Dannie Dubin:

- Causou-me muito desconforto ouvir algumas declarações que visivelmente estão confundindo a maneira democrática, aberta, lisa com que o Giovanni vem cuidando das coisas do clube. Algumas pessoas confundem isso com frouxidão. Temos aqui um homem democrático, que não passa por cima das coisas de roldão, mas ele sabe ser duro e decidir as coisas. O Giovanni foi, de alguma maneira, menosprezado, e isso nos deixa preocupados – afirmou Dubin.


Luigi, por outro lado, preferiu não polemizar. O curioso é que ele foi apoiado por Piffero na disputa presidencial do ano passado, em detrimento a Pedro Affatato, que compartilha a visão do ex-presidente sobre as obras no Beira-Rio.

Tudo nessa vida é uma manobra politica, mas a realidade é que não há como fazer uma obra dessa grandeza com recursos próprios, nenhum clube Brasileiro fará.

E ao Sr. Roberto
Siegmann que se preocupe com o futebol, pois o Sr. é vice de futebol e lá tem muita coisa a se corrigir.

quarta-feira, 2 de março de 2011

SAME MISTAKE


Salvar vidas? seria essa a minha intenção? seria essa a a tentativa da minha atuação "rude" com algumas pessoas?

Não sei pois pelo que posso ver a execução está passando longe da intenção que proponho.

Queria eu poder proteger, das malícias do mundo, as pessoas que eu gosto.

Queria eu pular etapas da evolução destas pessoas e faze-las passar por menos infortúnios.

E o pior de tudo é que mesmo vendo que não sou autorizado a fazer isso, eu simplesmente tento e caio sempre no mesmo erro, SAME MISTAKE.

Ser sincero com a maioria das pessoas é regra proibida dentro do estatuto da boa convivência.

Jogar informações necessárias em pessoas que não estão aptas a recebe-las, é transformar a informação necessária na mais pura bobagem já dita á alguém.

E digo isso por experiência própria.

Cada ser humano tem um grau de evolução diferente do outro, cada pessoa enxerga o mundo de uma maneira devido ao que já viveu, ao que já viu, ao que já leu e ás pessoas com que convive.

Tomo como exemplo apenas um, para não expor pessoas em meu blog.

Mas certo dia eu fui em uma reunião, quando comecei a fazer o curso que estou cursando, e nessa reunião um professor deu uma "mini palestra", contou suas experiências de vida e relatou que devemos ter objetivos na vida, ou seja, daqueles minutos que tivemos com ele muita coisa deu para absorver.

No fim da reunião uma das pessoas que estavam comigo, disse que quase dormiu na reunião, que nada tinha a ver com o curso o que o tal professor disse.

São coisas assim que me refiro, não adianta eu explicar que aquilo serve para isso ou para aquilo dentro do curso e na vida.

Todos nós temos fases na vida, e grau de evolução diferentes.

Para muita coisa na vida, necessita-se pré requisitos, que algumas pessoas não possuem, assim como eu não possuo ainda para muita coisa.

Não adianta querer brincar de DEUS, não adianta querer "salvar" pessoas.

Não estamos aqui para isso.

Aconselhe quem você acha que pode absorver o que você já viveu, absorva coisas de quem já viveu mais que você, cultue as boas relações mesmo que você consiga enxergar o buraco que tal pessoa pode cair, não tente salva-la, ela precisa cair para voltar mais forte.

Gaste seu tempo aproveitando o conhecimento adquirido e beneficiando-se dele e não tentando, com ele, mudar o fluxo natural da vida.