Powered By Blogger

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Morfina

Quando lutamos contra nós mesmos, somos os únicos a colecionar feridas. Até que ponto vale a pena ater-se ao caminho da menor dor, do baixo risco e do conforto calculado? Você grita para si mesmo com tanta força essa mentira, que acaba por não ouvir o peito clamando por um segundo de atenção. Mas eu consigo ouvi-lo, quando ele encosta no meu, e sigo aguardando o dia em que a tua garganta, de tão rouca, deixe chegar aos teus ouvidos o que para mim fica claro toda vez que teus olhos fecham antes dos meus: é recíproco.

Eu poderia dizer que fui acometido por uma abstinência de sensações às quais já estava acostumado. É o que você sempre diz, mas eu ainda não me acostumei a você. Por isso que eu sempre volto, mesmo quando a minha autoestima implora para que eu espere por um sinal teu. Teus sinais foram dados; nós é que falamos línguas diferentes, quando o assunto é sentir e expressar.

Eu poderia dizer o que já repeti em refrões antigos: que sou “alguém pra ocupar o lugar / de quem não vai voltar”. São palavras que me saltam da língua e param nos dentes, sempre que sinto medo de que você confirme a minha hipótese. Então eu sigo o teu conselho de me ater apenas às tuas ações. E assim eu sigo, tirando da tua boca frases impensáveis, do teu peito, o calor que eu preciso e, da tua vida, tudo que vai de encontro aos teus planos de não me deixar entrar. Aluguei um espaço no teu pensamento e me sinto confortável aqui, embora nada me garanta que eu não possa ser despejado. Se for pra ser, que assim seja: o frio da rua é mais confortável do que um lar onde já não se quer mais morar. E faz tempo que eu me mudei, jogando fora as chaves da antiga morada.

A vida ensina, a gente aprende. No entanto, isso não quer dizer que não devamos, às vezes, desobedecer as leis que nós mesmos criamos. Cansei de lutar contra mim mesmo, pois já me cobrem o corpo feridas em diferentes fases de cicatrização. Aqui estou, pronto para me aplicar com mais algumas doses cavalares de você, se assim me permitir. E eu já não mais vivo sem essa morfina que eu batizei com o teu nome, há alguns meses atrás.

Retirado do blog ( o romance está em apuros)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Conde de Monte Cristo


Depois de longos meses lendo o livro do Conde de Monte Cristo, finalmente cheguei ao fim.

E com a certeza de ter lido um grande livro, uma grande história que só os espíritos fortes e bons poderão tirar algo.

A riqueza de detalhes da história deixa o livro um pouco longo, são 1200 páginas, mas mesmo sendo cansativo a leitura vale a pena.

A história gira em torno de Edmond Dantés, um simples ajudante de navio, que não tinha muito mas tinha um pai e uma mulher que ele amava.

Edmond fora promovido como chefe do barco pelo seu chefe e sempre correto Morrel, causando a ira e a inveja de quem o rodeava.

Vitima de uma armação no dia do seu casamento Edmond fica preso por longos anos na fortaleza de If, uma cadeia de segurança máxima da época, deixando assim outros viverem um futuro que seria o seu.

Na Prisão Edmond conhece Abade Faria, um velho padre tido como louco pelos carcereiros da prisão por dizer possuir uma fortuna incalculável fora dali.

Abade Faria ensina tudo que sabe a Edmond, e no seu leito de morte confia o mapa de sua fortuna a ele, uma fortuna que está localizada na Ilha de Monte Cristo.

Edmond consegue escapar na prisão e encontra o tesouro, e vendo que as coisas já não mais estão no mesmo lugar, e os que o invejara se encontravam numa bela situação sem merecer, ele se torna o Conde de Monte Cristo.

E com toda astúcia e inteligência, faz com que, as maracutaias de cada um que cresceu ás custas de sua prisão, venham á tona.

Uma história de redenção aliada ao amor que Edmond Dantés tinha pela jovem Mercedes fazem com que o Conde de Monte Cristo, seja uma das mais belas obras literárias já vista.

Um agradecimento especial ao meu amigo Lucas Mendieta, pois sem sua insistência talvez eu jamais tivesse lido este livro.