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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cadê o meu Nariz de palhaço?

Se a intenção era boa, a execução passou longe disso.

A unificação dos títulos brasileiros pela CBF foi exagerada e jogou desastradamente no mesmo balaio conquistas muito diferentes.

Taça Brasil e Torneio Roerto Gomes Pedrosa não são farinha do mesmo saco. Não é possível comparar a primeira, disputada entre 1959 e 1968 com o segundo, entre 1967 e 1970.

Nem com a melhor das boas vontades, é possível nivelar o atual Campeonato Brasileiro (1971-2010) com a Taça Brasil, torneio regionalizado – em que times de Rio e São Paulo já entravam nas fases decisivas – onde em cinco, seis partidas, se conquistava o título.

A intenção era homenagear Pelé?!

Mas de quais homenagens ainda precisa o Rei, além das legítimas e justas que recebe todos os dias ao redor do mundo?

Não se pode atropelar o bom senso em nome disso.

O Santos foi campeão cinco vezes seguidas da Taça Brasil (1961-65), tendo jogado no total 24 jogos, média de menos de CINCO por ano.

Um dos argumentos comuns para defender a unificação, de que “era o campeonato mais importante da época”, é frágil. Corre-se o risco de termos que unificar competições regionais ainda mais antigas, como o Rio-São Paulo, porque “era o campeonato mais importante da época”.

Era uma OUTRA época, com a sua importância, mas que simplesmente não pode ser comparada ou nivelada à atual.

Simples assim.

Pela insólita unificação, o Palmeiras passa a ter dois títulos brasileiros no mesmo ano (1967), quando ganhou o Robertão e a Taça Brasil. No ano seguinte, em seis partidas “e meia” (a sétima foi interrompida), o Botafogo levou a mesma Taça Brasil numa competição com times que simplesmente abandonaram a disputa.


Quase bizarro.

O Robertão (ou Taça de Prata), conquistado duas vezes por Palmeiras, uma pelo Santos e outra pelo Fluminense, tinha característica e dificuldade semelhantes ao atual campeonato. Unificá-lo às conquistas atuais não era obrigatório, mas sensato.

Mas dizer que “se unificar estes tem que unificar tudo”, se não for desconhecimento, é despir-se de bom senso e vestir-se de torcedor.

Mais que isso: é legitimar que, num futuro próximo, os vencedores da Copa do Brasil (esta sim, semelhante à Taça Brasil) também reivindiquem – com toda razão – que suas conquistas sejam unificadas no mesmo pacote.

A mais simples e óbvia unificação sensata para o futebol brasileiro seria:

Taça Brasil = Copa do Brasil
Robertão = Campeonato Brasileiro

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Dia que não terá fim


Procurei ao desenrolar do dia de hoje palavras que eu pudesse escrever aqui para explicar tal feito do Inter, isso me lembrou muito a década de noventa, onde assistíamos ao Grêmio ganhar títulos e nos contentávamos com gauchões e passiveis "boas campanhas', hoje os papéis se inverteram e quem comemora boas campanhas e gauchões é o Grêmio... Mas perder para o Mazembe e se tornar o primeiro sul-americano a não disputar uma final de mundial me deixa muito triste e me lembra demais a década de 90 colorada, li um texto de um colorado na comunidade do inter e colocarei aqui, pois foi a coisa mais sensata que pude ler no dia de hoje....

POR FAVOR - Alguém me acorde

Havia algo errado. E havia algo errado desde as ruas da minha cidade até aqui na comunidade. Havia algo de errado no Gigante da Beira-Rio. Havia algo de errado com a torcida colorada. Havia, sobretudo, algo de errado com o time do Sport Club Internacional. E não é de agora. A tragédia não aconteceu hoje. A tragédia começou com aquele gosto amargo do gol do Chivas Guadalajara no apagar das luzes da Libertadores. Ou melhor, antes ainda, naquele frango estabanado da eterna "promessa" colorada Renan no Morumbi. E as coisas continuaram dando sinais que havia algo errado. Quando isso começou, pedi a Deus e o Saci que dessem a oportunidade do meu pai e um amigo que tinha câncer de verem o Inter conquistar a América e o Mundo de novo. Como muitos aqui, fui ao Estádio e peleei com o time ao longo de toda Libertadores. Veio a taça. A ligação pro meu pai lá do Estádio. O Fábio, meu irmão que tinha câncer, comemorava aqui em Cachoeira e gritava meu nome porque ele sabia que eu tava gritando por ele e nossos irmãos lá no Gigante. Êxtase. Clímax. Veio o desabafo gremista. Veio o desabafo colorado, como de chacota matreira como só o Saci saberia fazer. E aí... Tudo começou a desandar. O momento simbólico pra mim foi no dia 26 de setembro de 2010. Internacional 3. Corinthians 2. Gol do retorno do "craque, artilheiro e dedicado", Alecsandro. Ali, acabaram-se as chances de fazer do Rafael Sóbis centroavante. De realmente aproveitar o menino Leandro Damião. Ali, o Internacional insistiu no erro. Ali, Alecsandro conseguiu entrar para a história como o atacante mais maldito da história do Sport Club Internacional. Exagero? Eu diria que não. O Alecsandro fez por merecer ser odiado. Do começo até o fim. Nos foi útil com seu calcanhar de ouro na Libertadores, mas os Deuses do Futebol nos puseram a prova: o Alecsandro, lesionando e vindo de sua melhor fase que era o banco, havia voltado. E com um gol. Seria um bom presságio? Ou o sinal do apocalipse que estava por vir? Hoje pra mim não me restam dúvidas que foi o aviso do que estava por vir. Outro dia emblemático: 24 de outubro de 2010. No Olímpico, antigo salão de festas, um gre-NAL. Bumbos na cabeça e só quem estava lá sabe. O dia que a Guarda Popular deixou de ser só uma força positiva para o Sport Club Internacional. O dia que parte daquela beleza toda construída por anos de muito trabalho de todos os envolvidos, se perdeu. E começou a guerra entre torcedores. Hierro Martins vs. "Os de sempre". Começou a guerra política. Giovanni Luigi vs. Pedro Affatato. E a coisa foi ficando feia. Nos dois planos. E enquanto isso, aqui, meu amigo, Fábio Oliveira Gomes, um colorado fanático, brigando contra o câncer numa cama de um hospital. No dia 5 de novembro de 2010, às 22 horas, o Fábio, faleceu. Ele mal conseguia respirar do jeito que ele estava. Mas viveu para fazer muita festa, casou, teve um filho colorado fanático como ele, viu o Internacional conquistar a América duas vezes e infelizmente não estará por perto quando acontecer, se Deus e o Saci quiserem, a terceira vez. Na minha visão, um pouco da "União" e da "mística" se perdeu esse ano. Somos sim, campeões de tudo, mas SOBRETUDO, o CLUBE DO POVO. Agora, não adianta ficar caçando culpados. Renovação no futebol obrigatoriamente terá que acontecer, terá que ser feita e COBRADA SIM, não adianta vir os "jatobás" defendendo o futebol do Renan ou a dedicação do Alecsandro. Ou indo além: a TEIMOSIA que se torna em BURRICE do Celso Juarez Roth. Ao meu ver, NÓS falhamos. Cada um de nós. Todos da gloriosa camisa 12 passando por cada um da Guarda Popular, seja atrás do gol ou em qualquer lugar do estádio, social, superior, Direção... nós falhamos. O Inter foi sempre o CLUBE DO POVO e SEMPRE soube cobrar quando foi necessário. Acredito que agora seja uma hora de reflexão e de cobrança, mas de nós mesmos. Caímos de pé, como Gigantes. Para o Mazembe sim, e por que não? Onde está a humildade? Onde está a falta de soberba? Caímos. Façamos terra arrasada não só do time. Mas de nós TODOS. Que a Guarda Popular volte a ser uma força do bem. Que as brigas políticas não envolvam mais as torcidas. Que não haja mais colorados contra colorados. O inimigo veste e sempre vestiu azul. E hoje, diante da nossa tragédia, ri. Como se procurasse justificativas para nos igualar a eles. Não somos maiores que o Grêmio só pelos títulos. Não somos maiores que o Grêmio só pelo número de torcedores. Ou até mesmo porque nunca tenhamos caído para a série B uma ou até duas vezes. Somos maiores porque somos o CLUBE DO POVO. Tudo que eu quero em 2011 é fazer parte daquela festa bonita no estádio de novo e conquistar a América mais uma vez. Pelo meu pai. Pelos meus amigos. E ir lá pro Japão, levar o velho para conquistar o Mundo de novo nem que seja no grito. E que esse pesadelo acabe. Porque eu já dormi, acordei e continuo dentro dele. Então, por favor, quando isso acabar, alguém me acorde. E que o Sport Club Internacional volte a seguir a sua senda de vitórias.

Crédito: Zauri



sábado, 11 de dezembro de 2010

Os holofotes do mundo


Talvez nós colorados, ou alguns de nós, por estarmos acostumados ultimamente com grandes decisões, não tenhamos a dimensão exata, ou melhor, a ficha ainda pode não ter caído. O momento máximo para um clube de futebol é este, não somente para um clube brasileiro esse momento é buscado por todos clubes no mundo. De novo o Inter esta lá, novamente o ápice pode ser alcançado, a glória sublime esta muito perto, o mundo todo esta de olho no time de Celso Roth, tem muita coisa em jogo, inclusive a cabeça de Celso Roth, a titularidade de Renan, poderá Celso Roth terminar o trabalho que começou com Jorge Fossati? sim pois Celso jogou 4 jogos para ser campeão da libertadores, poderá ele em 2 fazer o Inter campeão do mundo novamente? eu acho que sim, poderá Renan explicar o porque de ser titular no lugar do multi campeão Abbondanzieri? acredito que sim, pois agora é tudo ou nada. Exalte mundo o Inter, pois estamos lá de novo e não duvide da vitória MAIS UMA VEZ.